Considerado o “esporte dos reis”, o xadrez tem origem incerta, mas existem evidências de prática parecida entre os egípcios há três mil anos. Atualmente, o esporte é praticado seguindo o modelo inglês. É a International Braille Chess Association (IBCA) quem organiza mundialmente a modalidade, seguindo as regras da Federação Internacional de Xadrez (FIDE). Para a prática do esporte por deficientes visuais, algumas adaptações se fazem necessárias:
- É jogado com o toque das mãos;
- As casas pretas são ligeiramente elevadas para facilitar a orientação do jogador;
- As peças pretas possuem pontas de metal, também para facilitar a orientação do jogador;
- As categorias B1, B2 e B3 disputam entre si e devem “cantar” suas jogadas;
- Desde que não retire a peça do lugar, o toque nas peças é livre, sem obrigação de movê-las;
Classificação Oftalmológica
B – Blind
B1: CEGO TOTAL – nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos ou percepção de luz, mas com incapacidade de reconhecer formatos a qualquer distância ou direção;
B2: PERCEPÇÃO DE VULTOS – deficiente visual com baixa visão (AV 2/60 ou CV inferior a 5º);
B3: DEFINIÇÃO DE IMAGENS – deficiente visual com baixa visão (AV entre 2/60 e 6/60 ou CV entre 5º e 20º);
Curiosidade
O primeiro medalhista brasileiro no xadrez paralímpico em competições internacionais é o enxadrista Roberto Carlos Hengles, que conquistou o bronze no III Pan-Americano da IBCA em São Paulo (2005).